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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Esse poeta Chamado Marcello Felix...traz uma obra moderna e bem casual





Chegada partida.

Discussão
Como aquelas banais
Me despeço jocoso...
Minha esperança ali cessava
De novo

À tardinha, de encontro imprevisto surge você
Linda. Perfume de deusa [adoro seu perfume]. Olhar ofegante
Como diante de uma paixão de glacê

Falamos mais um pouco
Do que não devia ter sido falado
Coração apertado
Na mente, que trabalho de louco!

Você não sede.
Nem eu.

Sigo para um lado e você pro outro.
Pra quem vê de fora pra dentro
Sobre nossas cabeças, uma grande interrogação paira
Dúvidas do que disse. Medo de perder-se. Medo da ira

Entro no carro. Viro a chave.
Você me acompanha
E eu a ti [pelo retrovisor]
GRITA MEU NOME!

Volto apressado!

Falamos mais um pouco
Do que devia ser dito ou não
Jeitinho mimoso que beijo gostoso
Saímos d’ali

Um lugar mais bonito
Os dois. Um aflito.
A denúncia se ter
Um ao outro ceder

Abro os olhos e vejo você
Me olhando nos olhos
Corpo. Alma e tudo!

Temos que ir embora
O tempo jaz. Já e hora

Da cama do quarto vejo seu banho
Um quadro mais lindo
Desnuda e molhada me convida pra ver
Que delícia que era
Uma bela e a fera
Contemplando à meia-luz

Ao som de um piano
Com pressa e sem dono.
Coração de mulher

Minha vez de meu sorriso molhar
De homem feliz de estar ali, naquele momento
De ter visto o que vi, de senti o que senti
Do tocar de nós dois

Enquanto me vê, de todos os ângulos
Entre todas as peças
Divago dentro de mim
Duvidas pra quê?

... e me pego surpreso
Falando sozinho

Com sorriso ainda molhado
Procuro meu eco em ti
O quê encontro? Apenas um bilhete
Dizendo...
- Bem que se quis!

FÉLIX, Marcello B. (Rio de Janeiro - Brasil)